Boa noite.
Penso não estar a exagerar se disser que a maior parte de nós sabe o que é designado de sabedoria popular.
Por exemplo, e aquele que hoje me leva escrever este post, as afirmações que, popularmente, se fazem acerca de fantasmas do passado que ensombram o presente. Claro é que, mal ou bem construidas, são formas metafóricas de descrever situações que têm uma essência, um fundo de verdade. Mas a questão de que vos quero falar não é tanto se as histórias por detrás destes ditados, provérbios e expressões populares são ou não fundamentadas.
A questão , relativamente a esta expressão especifíca é de que sempre a ouvi ser aplicada com uma conotação negativa, pessimista. Algo do passado que vem perturbar o estado das coisas, e sempre dito dum modo que insinua que nos devemos afastar e evitar que isso aconteça. "E é aqui, precisamente aqui", que eu discordo em absoluto.
E discordo porque o facto de algo que vem do passado perturbar o estado das coisas não é necessariamente mau. Concordo que há situações em que tal se verifica, mas esses fantasmas pode vir perturbar no sentido de nos fazer despertar, de abanar as coisas, fazer-nos pensar, sobretudo obrigar-nos a fazer uso do espirito critíco de que dispomos e que, infelizmente, não é usado com a frequência necessária.
Nós humanos somos seres de hábitos, habituamo-nos a uma determinada rotina de vida e corremos o risco de ficar "pendurados" num estado de latência. Quando essa rotina é quebrada sentimos como se nos puxassem o tapete debaixo dos pés e não sabemos como reagir.
Por isso me parece errada a perspectiva de que os fantasmas do passado são maléficos, o Papão dos adultos.
Não, na minha óptica, eles podem-nos ensinar muitas coisas.
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