as latas de metal estragadas e velhas e já cansadas auspiciam maus augúrios, e ficamos mais tensos e ansiosos e mais velhos e de repente já não quero subir no elevador, quero ir pelas escadas.
o cheiro quente do etér parece queimar-me por dentro, como que penetra na corrente sanguínea e percorre cada corredor do meu corpo ansioso. ansioso por si; ansioso por ver que se vê; ansioso por ver que se sente; ansioso por ver que me sente!
o eco dos meus passos nos corredores a perder de vista, corredores castanhos com lajes quadradas gastas pelo tempo, polidas mesmo, efeito deste eco... este eco, que gasta e consome e cansa e sufoca e comprime e assusta.
a luz que se mostra vem fraca, encardida pelos males que cá vivem... alumia mas não ilumina e de repente tudo é baço e de repente tudo é claro.
quatro pisos suficiam para recordar os ensinamentos que me mostrou;
quatro pisos suficiam para recordar o bem que me fez sentir;
quatro pisos suficiam para recordar o quanto me acarinhou;
quatro pisos suficiam para saber o quanto o quero de volta;
lamento as vezes que fui o que não devia...
perdoe-me as vezes que não fiz como devia...
sinto-me fraco, mas estou de pé!
sinto-me pequeno e sou o maior!
sinto-me pouco e não consigo fazer mais!
estive aí, mas não o senti!
perguntei por si: ausente, disseram-me.
ontem, pensei no que seria.
hoje, vi o que é.
amanhã, saberei o que é preciso.
lembre-se que o amo!