Outra grande descoberta!!!

Gosto tantu!


ADORO ADORO ADORO

Adoro...

Esta já a devo, há muito! Homenagem a uma excelente canção!



Razões naturais... da natureza intrinseca da "nossa" pequenês...

Tenho melgas novas no meu quarto e tenho uma rede anti-mosquitos na meia janela do meu quarto. Para entrar, é preciso a rede furar.
Tenho uma lata de Raid no corredor e vou pegar nessa lata e usá-las contra vocês. Vou premir o difusor e dirigir o spray em todas as direcções. Quando o fizer vão faltar cerca de duas horas para me ir deitar. Em seguida vou tomar um duche porque não gosto de tomar banho de imersão sozinho e quando gosto de tomar banhos de imersão normalmente não gosto de me lavar mas mudemos de assunto que nos afastamos do tema.
Tenho melgas novas no meu quarto.
Vão estar compinchas vossas na casa de banho mas não me vão tocar. Não me vão morder. Vou fazer vapor e o ar vai ser húmido e quente, muito quente. Vou enxugar-me num toalhão turco. Vou enrolá-lo à volta da cintura e vai cair junto aos meus pés.
Vou à net ver se há novidades. Não vão haver.
Vou ao terraço e vou acender um cigarro.
Vou olhar à minha volta.
Vou fitar o castelo.
Vou enxotar melgas que me vão tentar morder o tronco despido, quente e ainda molhado.
Vou sentar-me no baloiço e vou embalar a saudade.
Já lavei os dentes mas preciso de beber água: diz quem sabe que beber um copo de água antes de dormir inibe o organismo de acordar por sensação de fome; Talvez...
Vou chegar ao quarto e vou sentir um leve aroma a Raid raivosamente despejado nas quatro direcções da rosa.
Vou acertar os despertadores.
Vou virar-me de lado e vou fitar a almofada. Vai estar cheia. Cheia de espaço.
Vou fechar os olhos e vou escutar os sons.
Vou pensar e vou lembrar e vou chorar.
Vou deitar-me para o tempo curar.
Faço isto há alguns dias, já.
Tenho melgas novas no meu quarto e tenho uma rede anti-mosquitos na meia janela do meu quarto. Para entrar, é preciso a rede furar ou a volta a esta dar.
Com tantas precauções, mezinhas e latas sem aerossóis tenho sempre melgas novas no meu quarto.
Vou acordar amanhã e não vou ver melgas no meu quarto.
Vou acordar amanhã e vou ter picadas novas.
É assim há alguns dias, já.
Por mais que não queira existirão sempre melgas que conseguirão furar a minha rede ou a esta dar a volta.
É assim há alguns anos, já.

I alone.

São milhares de milhões de decímetros, em palavras.
São milhões de metros, em frases.
São milhares de kilómetros, em textos.
Podia forrar estradas com páginas.
Podia ler a A2 de uma ponta à outra.
É um nada de sabedoria.
É demasiada fantasia.
Neste jogo, não há entertaineur.
Neste jogo, não posso ligar para ninguém.
Neste jogo, o público não vota.
Neste jogo, a melhor das hipóteses é 50/50.
Não posso contar com ajudas!
Quero ser tudo o que tenho!
Quando souber viver com isso, estou pronto para partilhar!

Costas voltadas... vou ver Algés!

Foram cinco meses de desconhecimento mutúo.
Vivemos em partilha e partilhámos nada senão o inevitável.
E esse inevitável foi mau de mais para mim.
Não que tivessemos que nos conhecer ou partilhar alguma coisa... Ninguém diz que tem que ser assim.
Mas eu já vivi assim e gostei.
Foi giro.
Aprendi e ensinei e isso é, para mim, bonito.
Contigo foi apenas e só... Regrado.
E isso é pouco.
Foi financeiro e foi caro.
A meu ver, não mereces a minha companhia porque não fizeste dela uso.
Não tenho nada porque te agradecer e isso mostra que foi muito fraco.
Vou ali ver Algés!
Até mais ver.

Casa arrumada! Depois, trancas à porta!

Estou cá.
Tenho que por aqui estar.
Cansado, triste, sigo um caminho outroura desejado.
Tenho que continuar esta empresa.
Cá estou eu outra vez.
Serei eu mesmo?

Não tens por onde fugir a ti, meu cão!
Fizeste merda outra vez... fodasse! Estúpido! és uma pessoinha com dificuldades de aprendizagem, não és puto?!
Sabes que mais? Aguenta e não chora.

Não consigo encontrar-me... Falta-me espaço!
A culpa nem é minha nem é de ninguém mas o pior cego é o que não quer ver!
Seguir em frente... Consigo, mas é sinuoso demais para me sentir seguro...

Não tens espaço...
Não tens culpa...
E é sinuoso, dizes...
Que puta de feitio que tu tens... IRRA!
Sabes o que queres? Tu ao menos sabes o que queres?
Tu nem sabes o que sabes!
És errante!
És sozinho e não és companheiro!
És pena e és pesado!
És desengano e fantasia!
És fado e és desgosto!

Cala-te!
Cala-te!
Cala-te, caralho!
Está calado em silêncio, por favor!
Não consigo mais ouvir o que me gritas em surdina!
Não vês que tento?
Não vês que dou a cara?
Não vês que não fujo?
Não vês que carrego tudo comigo?
Fodasse, outra vez!!!
Morri mais vezes que as vidas de um gato ao cubo... mas nunca houve lugar a cerimónia fúnebre.
Ninguém sabe e tu não vais contar, cabrão!
Proíbo-te!!!
Há coisas minhas e minhas só!
Sempre foi assim. E é assim que quero morrer: Eu!
E tu não te vais intrometer. Não te reconheço direitos! Só tens obrigações!
Cumpre-as!

Sabes qual é a minha obrigação agora?
Lembrar-te todas as coisas que tentas esquecer.
Negligenciar-te o direito á resignação.
Obliviar-te as certezas e libertar o caos.
Arruma tu a casa que essa não é tarefa minha, calão!

Não tenho agora ânimo nem sei se sei já rir...